Hoje foi um dia (im)Produtivo! Sobre pontes…e amigos…Destravando!

Um dos motivos de eu ter feito esse Blog foi que eu penso demais!!!! Mania estúpida de refletir sobre tudo o que acontece na minha volta o tempo todo. Sede de querer entender como o mundo funciona e, principalmente, entender como eu reajo diante dele. E não externalizar todos esses pensamentos de alguma forma tem uma conseqüência na minha vida: eu, literalmente, TRAVO!

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Hoje foi um dia INTENSO…e tenho pra mim que, se não tivesse parado de escrever, teria sido bem mais fácil de lidar com o turbilhão de emoções que logo cedo me pegou de surpresa.  Depois de uma brincadeira, antes de dormir, no Facebook, descobri que o afastamento eventual de um amigo não tinha nada a ver com a correria do dia a dia e era, sim, algo bem mais sério do que eu até então imaginava. Não, eu não sei o que causou o afastamento súbito dele e nem o que levou ele a tomar a atitude que tomou, mas acho que tem a ver com duas coisas: 1. eu sou irritantemente transparente acerca do que penso e sinto e, caso a pessoa não perceba, mais cedo ou mais tarde eu vou atrás e deixo isso claro. Não,  eu não sei disfarçar o que se passa comigo. Se eu não gostar de algo que você fez eu vou falar e se, eventualmente, eu estiver de cara feia e você não me fez nada, não dê bola pra mim, eu só estou num dia ruim! Não sei fingir, não sei ser falsa, não sei disfarçar as minhas fraquezas e exponho as minhas fraNquezas diretamente ao remetente….e 2. pra lidar com a minha verdade, muita gente se vê de frente e obrigado a lidar com a sua própria…e aí, as pessoas se vão!

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Uma vez ouvi de um ex-amor: “eu gosto de ti porque contigo não preciso interpretar papéis, posso ser eu mesmo”. O problema é que toda vez que não estávamos a sós eu não tinha a menor idéia de qual papel ele iria encarnar. E tantas personagens foram me deixando confusa e cansada. Confusa por não saber, entre tantos papéis, qual era o real; e cansada de ter que interpretar indiretas e ler nas entrelinhas.

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Mas como diz Saramago: “Das habilidades que o mundo sabe, essa ainda é a que faz melhor: Dar voltas.” Hoje também, outro amigo que tinha ido embora, voltou. =)  Abro minha caixa de e-mails e vejo um e-mail quilométrico de alguém que já dava como perdido. Refletindo sobre a vida dele e tentando, em algum contexto, entender a nossa amizade em conflito, ele terminou o e-mail assim:  “a história da minha vida está sendo construída pela construção de pontes que interligam múltiplos gaps, alguns pequeninos, outros abismos imensos…Algumas dessas pontes doem para ser construídas, levam tempo, e tem várias ainda em fase de construção. Antes eu achava que se eu andasse um pouco pra trás e corresse rápido eu conseguiria pegar impulso para dar um grande salto pro outro lado, mas as distâncias estão ficando maiores e construir pontes é dificil”… Eu respondi e ele retornou: “Acho q agora voltamos a sintonizar no mesmo canal. O rádio está no canal certo. O pior é o silêncio.”

…Mas não seriam as pontes sólidas e mais difíceis de construir, justamente, as que também resistem às tempestades e enxentes?

E não seriam, exatamente, as pontes extensas àquelas que levam mais tempo pra construir, mas que, igualmente, nos levam mais longe e nos possibilitam conhecer perspectivas tão diferentes das que enxergamos no nosso pequeno e limitado campo de visão?

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Construir pontes dói e por vezes cansa. Não existe proximidade, sem conflitos. E quem não desiste, ainda nos pilares, de sedimentar vínculos, pode sempre voltar. 😉